segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Insuportável permanecer na empresa.
Como se não bastassem todos esses problemas com essa "colega" de trabalho, ainda tinham outras questões.
Eu recebia duas passagens para ir e duas para voltar.
Mas foi assim porque essa colega de trabalho morava perto de mim, e exigiu quatro passagens, mas dava para ir com 3 passagens, uma para ir e duas para voltar. E ela disse para eu não falar que só precisava de 3, e lógico que eu não falei.
Enfim, esse emprego foi melhor do que o outro pois eles pagavam em dinheiro o transporte, e eu podia ir de van.
Só que era angustiante. O ônibus que levava até a empresa demorava 20 minutos para chegar lá.
Para eu ir de van, eu teria que pegar duas vans e levaria em média uma hora para chegar lá. Olha a diferença.
Eu via mil ônibus passando e ficava muito tempo esperando a van, tinha que acordar bem mais cedo, madrugar no ponto e ainda contar com o engarrafamento, porque o ônibus ia em outro sentido e não pegava o caminho que tinha trânsito ruim, mas desse ônibus não tinha van, então tinha que ir de outra forma.
E na hora de fazer homologação? Era em um bairro completamente distante. Na primeira vez eu fui de ônibus, pedi para entrar pela porta de trás. Mas foi um momento difícil. Eu tremia,suava, meu coração palpitava. Parecia que todo mundo do ônibus estava olhando para mim, foi horrível!
Mas não tinha outra forma de ir,não tinha van para lá e eu tinha engordado tanto que não podia de forma alguma enfrentar a catraca do ônibus.
Das outras vezes, Deus ouviu minha preces e meu chefe, que gostava do meu trabalho, passou a pagar taxi. Eu fiquei tão feliz, tão aliviada!
Com 4 meses de empresa eu estava muito nervosa, pois estava tudo muito confuso a respeito da cirurgia e também do meu processo(da roleta) e em certo momento, minha pressão foi a 18x11. Com 22 anos, minha pressão chegou a esse ponto!
Fiquei de licença do trabalho uns dois dias, e nesse período eu cai e torci o meu pé.
Sendo que a minha colega de trabalho boazinha falava mal de mim para os meus chefes.
Eu não sei se foi por isso,mas quando fui levar meu atestado, meu chefe foi super grosso e quis me demitir.
Pior, ele quis me demitir com a data anterior ao meu tombo, ou seja, eu ficaria totalmente desamparada e com o pé torcido.
Eu não aceitei e disse: "Quando eu melhorar, nós conversamos". Não baixei a cabeça não, por mais que eu o respeitasse.
Se eu fosse demitida naquele dia, estaria no fundo do poço, desamparada, sem poder andar,não conseguia pisar direito e eu tinha 4 meses de empresa, nem auxílio desemprego eu ia receber.
Só que algo inesperado aconteceu, eu não podia mais pular,pois estava prejudicando o outro pé, estava até com um ovo enorme no pé, e com isso meu pé só piorou. Fui ao médico de novo e ele me deu mais alguns dias, ultrapassando os 16 dias, ou seja, a partir de agora eu estava sob responsabilidade do INSS e a empresa não poderia me demitir.
Marquei a perícia no INSS e ia demorar, enquanto isso eu fui fazendo a fisioterapia, tomando remédio, colocando gelo...
Finalmente chegou o dia da perícia e a médica do INSS me deu mais um mês, totalizando 3 meses em casa.
Então vamos fazer as contas: 4 meses de trabalho + 3 de INSS = 7 meses na carteira, agora ele poderia me demitir, e foi o que aconteceu, fui na empresa e fui demitida, recebi minha rescisão e auxilio desemprego por 4 meses, seriam só 3 se eu só tivesse trabalhado lá, mas como eu tinha contribuição de outra empresa, recebi durante 4 meses.
Em meio a coisas ruins, algo bom aconteceu.
Quando voltei à empresa, só tinha um funcionário da minha época que estava quase rodando e a colega boazinha, que de boazinha não tinha nada. Bom,ela conseguiu o que queria, todo mundo saiu e ficou apenas ela em seu "castelo". Bom,eu e as outras meninas demos sequência em nossas vidas, vocês acreditam que até hoje ela fala mal das pessoas que trabalham lá? (risos) e assim vai ser sempre! Ela pode continuar presa a seu castelo de bosta, eu vou explorar esse mundão lindo que tem aqui fora.
Continua em breve...
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